quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Serramento da Velha

Boas tardes

Após o repto deixado pelo Sr. Carlos, o Sr, Hilário, mais conhecido por Moca, veio deixar em comentário a descrição da tradição que acontece na nossa terra desde à muito tempo.

Aqui fica o seu comentário


"Boa dia caros leitores e ilustres Alcobertenses

Não sendo eu tão velho como é insinuado no comentário anterior, aqui vou tentar deixar uma descrição de uma das nossas tradições conhecida como “Serramento da Velha”, respondendo deste modo ao desafio lançado pelo Sr. Carlos.

Antes de avançar para a descrição, agradeço que, se alguém achar que esta está incompleta ou incorrecta, se predisponha a acrescentar ou corrigir, tanto os erros como as falhas que detectarem.

Esta tradição normalmente realiza-se na quarta-feira no meio da Quaresma e vão ser “serrados” todos os que foram avós pela primeira vez durante o ano que decorre desde o último “Serramento da Velha”.

Nesse dito dia, por volta das onze da noite, numa qualquer adega (o local de reunião vai rodando entre os participantes) junta-se um grupo de amigos, elege-se os principais figurantes, procede-se ao levantamento dos Alcobertenses que foram avós nesse ano e estabelece-se a rota da visita.

Esta tradição tem três figurantes chave:

O Chamador
O Serrador
O Defensor

Os restantes intervenientes servem de coro e fazem barulho com as latas, com os búzios (dos usados para tocar), com os serrotes utilizando a cortiça, etc.

Saímos da adega, por volta da meia-noite, munidos de funis de folha, búzios pedaços de cortiça, vários serrotes e algumas latas para fazer barulho.

Chega-se ao local do visitado e o Chamador, fazendo-se passar por uma pessoa chegada ou por um amigo com um qualquer assunto urgente a tratar, faz levantar a pessoa visitada para que o venha atender.

A vítima ao chegar à porta ou à janela é recebida pelo Serrador que brame, alto e em bom som:

Serrador:
Este velho é serrado!

- De seguida responde o Defensor e inicia-se um diálogo entre os intervenientes no Serramento.

Defensor:
Este velho não é serrado!

Serrador:
Este velho é serrado e o seu corpo feito em três

Defensor:
Este velho não é serrado
Nem o seu corpo feito em três
Porque toda a sua vida foi um velho bom e cortês

Serrador:
Eu sou um serrador
Serrador de além-mar
E vim de lá tão longe
A (nome da localidade) vim parar

Defensor:
O que encontraste?

Serrador:
Encontrei um burro mamas
Num espojeiro deitado
Todo coberto de escamas
Tinha o cagas pendurado

Das orelhas fiz palmilhas
Dos colhões tacões
Do piçalho as viras
E do cu caga sarol

Toda esta merda a velha engole

Defensor:
Há Vô, Vô
Que é do teu contentamento
Tens os filhos à espera
Para fazeres o testamento

O que é queres para a tua filha Joana?

Grupo:
Os cabelos da bichana / Uma rolha para a bichana

Defensor:
O que é que tu queres o para a tua filha Joaquina?

Grupo:
A veia da urina

Defensor:
O que é que tu queres para o teu filho João?

Grupo:
A pá, o picão e um burro para ir à merda na noite de S. João

- Esta lenga-lenga pode variar consoante os nomes dos filhos do visitado

Defensor:
O que é que tu tens para os amigos que aqui estão?

Grupo:
Pão e chouriço e um copo do carrascão

Serrador:
Toquem búzios e tambores que o velho vai levar o cu entre dois entalhadores

- Nesta altura todos fazem barulho com os instrumentos e com a sua voz e vão para a adega do visitado. Após um pequeno repasto, devidamente regado, o visitado pode, se assim o entender, juntar-se ao grupo para as restantes visitas que se seguem, uma vez que este ritual vai-se repetindo em cada casa visitada onde resida um novo avô.

Hilário Costa"

Muito obrigado por este comentário. Se houver alguma coisa que não esteja bem, façam o favor de colocar um comentário a dizer.

Boa tarde

Silos

Bom dia

Aqui fica mais uma contribuição do Sr Carlos Pereira, desta vez acerca dos nossos Silos, mais conhecidos pelos Potes Mouros.




Silos de Alcobertas: a sua origem e breve historial

Este tipo de monumento surge pela necessidade de se conseguir aumentar a longevidade dos géneros alimentares, com vista à criação de reservas suficientes para suporte em época de maior dificuldade em obtenção de alimentos, pelas mais variadas razões, levou ao aparecimento de diversos meios de conservação (salga, frio, fumeiro, etc.), e de armazenagem, para uma utilização a médio ou longo prazo, desde muito cedo. Tal irá permitir, em grande medida, o alargamento dos territórios explorados pelo homem, bem como a sua sobrevivência em climas hostis, em situações adversas e de carestia.

São vários os exemplos do aparecimento de pequenos silos ou covas em habitats pré e proto-históricos. Mas o tipo de silo que nos propomos estudar neste trabalho encontra o seu parente mais próximo no período islâmico, de que existem vários exemplares, número que tem vindo a aumentar com o incremento de estudos e trabalhos de arqueologia urbana tem vindo a trazer à luz do dia.

Os Silos Medievais de Alcobertas foram escavados num maciço de Grés, num local ermo, tendo apenas como vizinhança, pelo que nos foi possível observar, o pequeno forno de cerâmica, muito possivelmente do mesmo período.

Na obra de Oliveira Marques, sobre a agricultura em Portugal, onde o autor se propôs analisar a questão cerealífera durante a Idade Média, vamos encontrar diversas referências relativas a este tipo de património.

O primeiro dado a reter prende-se com a clara percepção da grande longevidade deste tipo de solução para a armazenagem de diversos produtos, bem como a sua função sócio-económica, uma vez que,

Ainda no século XIX se utilizavam, no Alentejo, as tulhas subterrâneas, ou covas, praticadas nas faldas dos montes para armazenagem de cereais. (...) Remontando, pelo menos, a dominação árabe, este uso das «covas de pão» acha-se intimamente ligado a uma estrutura económica que colocava a auto-suficiência em cereais como ideal supremo a atingir por cada região (Marques 1968, pág. 111)

Ao ideal da auto-suficiência, traduzido pela armazenagem sistemática em celeiros e em covas e pela ausência de um sistema regular de compra e venda, foi-se a pouco e pouco substituindo o principio geral do mercado. (Marques 1968, pág. 120)

“(...) a regressão económica da Península Ibérica nunca foi tão marcada como a de outras regiões europeias, mercê do «travão» islâmico e do constante intercâmbio entre cristãos e muçulmanos. Em contrapartida, a situação geográfica da Espanha, e particularmente de Portugal, determinou sempre uma persistência de formas arcaizantes, que assume as características de constante histórica. Assim, se, por uma parte, a organização mercado surge relativamente cedo na terra portuguesa, o sistema feudal de auto-suficiência persiste, por outra, até uma época espantosamente tardia, (...) ” (Marques 1968, pág. 121)

Um passo da Chronica do Condestabre elucida-nos sobre o sistema cerealífero utilizado nas vastas propriedades do maior terratenente do País. Esse sistema era tipicamente feudal e dominial: nunca se vendia qualquer excedente de produção, que toda era encovada em silos e celeiros. Nestes termos, em época de crise, não apenas o «domínio» se bastava a si próprio, como também ajudava a manter as populações vizinhas. (Marques 1968, pág. 116)

Em relação aos silos de Alcobertas as primeiras referências de que temos registo são-nos dadas por Afonso do Paço[1]:

A menos de 100 metros deste local e junto da povoação das Alcobertas, encontrou-se também um notável agrupamento de silos, cavados num grés avermelhado.Deles se reconheceram completamente uns vinte e seis que se podem considerar intactos; de uns vinte e cinco a mais encontram-se depressões no terreno ainda não reconhecidas completamente; escavações feitas para tirar saibro destruíram um bom número, alguns dos quais se vêm cortados a meio e verticalmente.

Deviam estender-se por uma zona cujo eixo andaria aproximadamente por setenta metros.

Pelo que ainda existe e já foi destruído para extracção de saibro, o seu número deveria elevar-se a oitenta ou cem.

O reconhecimento feito no interior de um deles, acusa-lhes uma capacidade aproximada de dois meios[3]. A terra que se retirou, vista cuidadosamente, não continha qualquer indício de sementes.

A L. deste conjunto existiram dois outros agrupamentos de silos, de que hoje nada resta. Um deles pelas alturas da Fig. I, C e outro ao pé das casas de Alqueidão. A tampa de um destes últimos era utilizada, pelo seu achador, para cobrir o pote das azeitonas. Hoje é pertença de um dos signatários (F.B.)[4].

Um muro, de que há restos ainda restos visíveis, devia cercar o primeiro grupo de silos. Isto leva-nos a admitir, para a região, uma grande riqueza agrícola, mas por enquanto ainda não dívisamos a que período pertencera. (Paço 1959, pág. 291 e 292)

Nos arquivos de correspondência[5] da Câmara Municipal de Rio Maior fomos encontrar alguns ofícios trocados entre a Edilidade e várias instituições, onde se denota um certo interesse e preocupação por este património, então recentemente descoberto.

A primeira missiva localizada, data de 26 de Janeiro de 1960, é dirigida ao Engenheiro director-geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, por sugestão da Comissão de Arte e Arqueologia, solicitando o envio de um técnico para visita aos SILOS recentemente descobertos".

Segue-se uma a 4 de Fevereiro de 1960, dirigida à mesma Instituição, reforçando o pedido anterior, "para efeitos de visitar e classificar os SILOS romanos (...) os quais, segundo alguns técnicos que os observaram, são os mais completos da Europa. Demonstrando a urgência da vinda desse técnico porque, (...) esta Câmara Municipal põe todo o interesse na conservação destes elementos de grande valor arqueológico que muito virão contribuir para a valorização desta região sob os pontos de vista turístico e artístico."

A 29 de Julho de 1960, a Câmara Municipal solicita à direcção-geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, um "subsídio de extraordinário de 15 contos", para a vedação deste espaço, e assim, "evitar-se-á o perigo de os mesmos serem deteriorados".

Colocada a vedação e continuando esta área a ser muito procurada, a Câmara Municipal assumiu a pretensão de melhorar os acessos ao local. Em ofício de 17 de Março de 1964, dirigido à DGEMN, sobre a "CONSTRUÇÃO DE UM CAMINHO MUNICIPAL DE ALCOBERTAS AOS SILOS ROMANOS", "Porque os Silos Romanos nas Alcobertas têm sido muito procurados quer sob o ponto de vista turístico quer científico, venho rogar a V. Exa. A fineza de conceder um subsídio para a realização da obra" (...). Afirmando ser "um caminho indispensável, pois sem ele é difícil dar a conhecer tão valioso património, pois os visitantes vêem-se impossibilitados de se deslocarem até junto do recinto, onde se encontram os silos." Não encontrámos qualquer referência relativa à atribuição, ou não, deste subsídio.

Silos de Alcobertas: características técnicas

Os Silos Medievais de Alcobertas constituem o maior conjunto de Silos conhecidos na Península Ibérica em contexto rural não urbano ou doméstico e possuem as seguintes características:

Dos 35 silos inventariados, 29 estão abertos e 6 encontram-se parcialmente entulhados, através da utilização de Radar no espaço foram detectados anomalias que podem corresponder a novos silos.

Identificaram-se cinco tipos distintos:

Tipo Garrafa;

Tipo Globular,

Tipo Globular de Fundo Achatado;

Tipo Gota;

Tipo Corpo Alongado de Fundo Arredondado.

No concerne a dimensões temos:

Bocas – variando entre os 39 e os 65 cm;

Profundidade – entre os 141 e os 213,5 cm;

Diâmetro máximo – entre os 104 e os 161 cm.

Os fundos repartem-se entre arredondado, achatados e planos. Este facto poderá estar relacionado com a utilização dos silos para armazenagem de outros produtos para além dos cereais, em contentores cerâmicos ou de outro tipo, empilhados.

A boa drenagem das águas pluviais é assegurada pelo facto de serem escavados ao longo da crista do maciço de Grés e da elaboração de um rebordo de encaixe da tampa e estrutura vedante sempre de acordo com a orientação do declive local, promovendo um escoamento rápido.



[1] Paço, Afonso do, et al, "NOTAS ARQUEOLÓGICAS DA REGIÃO DE ALCOBERTAS (RIO MAIOR)", in I Congresso Nacional de Arqueologia, Actas e Memórias, Vol. I, 1959, pág. 2291 e 292.

[3] Leia-se dois moios (Corresponde a cerca de 1656 litros de cereal).

[4] Francisco Barbosa, (já falecido. Os herdeiros afirmam desconhecer o paradeiro o espólio arqueológico recolhido)

[5] Arquivo Morto da Câmara Municipal de Rio Maior, Pasta 34





Silo de Corpo Alongado de Fundo Arredondado.



Silo Tipo Garrafa

sábado, 22 de novembro de 2008

SIRESP

"O inquérito do Ministério Público (MP) ao «caso SIRESP», por suspeitas de tráfico de influências na adjudicação do concurso para o Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal, foi arquivado, disse à esta sexta-feira fonte judicial, escreve a Lusa.

Segundo a mesma fonte, a investigação, iniciada há cerca de três anos e dirigida pelo procurador-geral adjunto Azevedo Maia, após um despacho do então procurador-geral da República, Souto Moura, foi arquivada no passado dia 27 de Março.

«O caso foi arquivado por não se ter apurado indícios de qualquer ilícito (criminal)», precisou uma outra fonte judicial.

Durante a investigação, que contou com a colaboração policial da Direcção Central de Investigação Contra a Corrupção e a Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF) da PJ, realizaram-se buscas a empresas que integravam o consórcio vencedor e houve alguns arguidos, mas o caso acabou por ser arquivado, por falta de provas.

Em causa estariam suspeitas de tráfico de influências e participação económica em negócio na adjudicação do concurso para a criação do SIRESP a um consórcio liderado pela Sociedade Lusa de Negócios, uma holding do grupo Banco Português de Negócios."

In: IOL Diario de 04-04-2008


Para quem não dabe o SIRESP é (deveria ser) um sistema de comunicação que liga todas as autoridades, de segurança, de socorro e de decisão.

Este equipamento foi adquirido pelo estado Português em principio de 2004, na altura houve uma grande polémica, visto ter sido um governo de gestão, que só deveria tomar decisões urgentes e inadiáveis, que fez o negócio, no valor de 500 milhões de euros, vindo a saber-se depois, que a algumas empresas candidatas ao fornecimento do equipamento foram colocadas dificuldades, tanto em questões de prazos como de facultamento de informação.
Mas o pior veio depois quando ser descobriu que o consorcio que ganhou foi cerca de 5 (cinco) vezes mais caro que as outras empresas.
Como toda a gente estava à espera, este caso deu em nada, simplesmente porque estava envolvido "peixe graúdo" na coisa, e na politica tudo se pode desde que se tenha conhecimentos no sitio certo!
Um aparte, estes 500 milhões de euros davam para fazer quase duas vezes os estádios do Euro 2004, estes custaram ao estado cerca de 323 milhões. Agora venham dizer-me que os políticos não são todos uma cambada de pessoas que só fazem o melhor pelo pais, que mando essa pessoa ir dar uma volta ao bilhar grande.

Assim vai o nosso país!

Bom fim de semana

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Igreja

Boa Tarde


Igreja de Santa Maria Madalena

O DÓLMEN


Classificado como Imóvel de Interesse Público, Decreto-lei n.º 41191, Diário do Governo n.º 162 de 18 de Julho de 1957.

Megálito com corredor. Oito esteios de calcário da região formam uma câmara poligonal, o monólito que tapava esta câmara (chapéu) partiu-se em período incerto.

A actual cobertura do Dólmen é datável do séc. XVII / XVIII, sendo constituída por um telhado de telha mourisca, encimado por um pequeno fogaréu. O telhado é suportado por uma estrutura abobadada de alvenaria, com um lanternim a iluminar o esteio central, onde se adossam os altares primitivos e uma imagem em terracota. Subsistem ainda alguns fragmentos do chapéu acoplados nesta nova estrutura de cobertura.

Do corredor apenas existem dois esteios com a respectiva pedra de cobertura.

O altar mais antigo encosta directamente ao esteio de cabeceira. O topo é revestido a tijoleira cerâmica, as paredes são cobertas a argamassa de areia e cal. Na parte frontal ainda ostenta pintura vegetalista estilizada realizada a têmpera de cal.

Encostado a este altar foi construído outro no séc. XVII de menores dimensões. O frontal deste altar foi totalmente revestido com azulejo de tipo padrão e um pequeno quadro azulejar representando Santa Maria Madalena desnuda.

O Arco de acesso ao monumento está revestido a azulejo tipo padrão do séc. XVII, sobre este temos um painel de azulejo representado Santa Maria Madalena em Oração.

Hoje a Igreja de Santa Maria Madalena encontra-se inserida no tecido urbano da Vila de Alcobertas mas o facto de ser descrita como Ermida indica uma localização exterior aos núcleos urbanos desta região.

A IGREJA

Inicialmente a Capela de Santa Maria Madalena estava confinada ao espaço oferecido pelo próprio Dólmen, a 4 de Julho de 1536, o Cardeal de São Brás, Arcebispo de Lisboa, eleva esta ermida a primeira Igreja da Freguesia com jurisdição paroquial. Este novo estatuto leva a que se efectuem obras de ampliação de modo a responder às suas novas funções e eventualmente albergar mais crentes.

No século XVII assiste-se a uma nova necessidade de ampliar o espaço, sendo neste período que se dá a rotação do Templo para a posição que hoje assume. Em virtude da nova posição da Igreja, o Dólmen deixa de ser utilizado como Capela-mor e passa a ser apenas uma Capela lateral da invocação do Orago local, Santa Maria Madalena.

No decurso do século XX Esta Igreja irá sofrer duas novas campanhas de obras profundas.

A primeira em meados do século XX (anos cinquenta) vai retirar toda a traça barroca do imóvel.

A fachada sobe um registo, o frontão perde o recorte Barroco e assume uma feição triangular, os fogaréus do século XVII/XVIII são apeados e substituídos por outros mais pequenos.

A Torre Sineira vai subir dois registos, é incluído um relógio e a cúpula bolbosa barroca, com os seus fogaréus desaparece, passando a ter uma cobertura piramidal de quatro águas.

É construído um pequeno alpendre ou galilé na área da entrada principal, utilizando-se as colunas que suportavam o Coro Alto e ainda uma pequena cobertura sobre a porta lateral quinhentista.

O acesso ao púlpito é demolido libertando o Dólmen nesta zona.

A Capela-mor é demolida e todo corpo da cabeceira ampliado. O Arco Triunfal foi alargado e eliminando-se dois nichos laterais ao mesmo e ainda um altar lateral, na parede esquerda, próximo da entrada do Dólmen.

Dois novos altares laterais foram construídos, em mármore rosa, o Altar-mor foi edificado com uma traça contemporânea utilizando-se em mármore negro.

As colunas do coro alto foram substituídas por duas novas com as bases em mármore rosa e os fustes em mármore negro.

Nas laterais ao Altar-mor construíram-se uma sacristia e uma sala polivalente por sobre estes dois novos corpos instalaram-se dois Coros Altos.

Nas paredes laterais da Igreja abriram-se dois vãos para a instalação de confessionários.

Em finais do século XX (1995 ? e 2000) em virtude de necessidade de ampliação do espaço o Templo vai sofrer novas obras, em duas fases.

No decurso destas obras assiste-se à demolição do Altar-mor, da sacristia e da sala polivalente, construídas no período anterior. Ainda na Capela-mor a parede lateral contígua a casa paroquial vai ser demolida abrindo-se um vão para a acolher mais fieis.

A pia baptismal do séc. XVI foi recolocada nesta área.

Os nichos e altar que foram tapados no decurso da campanha de obras anterior vão ser recuperados eliminando-se os alteares laterais de mármore rosa.

Os dois vãos onde se situavam os confessionários foram de novo preenchidos, ficando o antigo baptistério com a função de confessionário.

Foram abertos novos vãos de entrada de luz, localizando-as, ou usando para tal, os contrapontos em cantaria, do período barroco, das janelas existentes na fachada oposta.

Bibliografia onde se pode encontrar referências a este imóvel:

ALMEIDA, José António de (coord.), TESOUROS ARTISTICOS DE PORTUGAL, Porto, Selecçöes do Reader's Digest, 1982

DUARTE, Fernando, HISTÓRIA DE RIO MAIOR, Rio Maior, Tipografia Dias Ferreira, 1979

MARQUES, Cidália (coord.); FRAGOSO, Sara (coord.), ALCOBERTAS A SERRA E O VALE, Torres Novas, Agrupamento de Escolas da Freguesia de Alcobertas, Gráfica Almondina, 2000

MAIA, Calado da, HISTÓRIA REGIONAL – A Freguesia de Alcobertas e o seu Dólmen, Semanário “Concelho de Rio Maior”, Rio Maior, n.º 48 (13 Maio 1937)

OLIVEIRA, Jorge de; SARANTOPOULOS, Panagiotis; Balesteros, Carmen, ANTAS-CAPELAS E CAPELAS JUNTO A ANTAS NO TERRITÓRIO PORTUGUÊS, Lisboa, Edições Colibri, Julho, 1997

PAÇO, Afonso do; [et al] NOTAS ARQUEOLÓGICAS DA REGIÃO DE ALCOBERTAS (RIO MAIOR), Lisboa, I Congresso Nacional de Arqueologia, Actas e Memórias, Vol. I, MCMLIM

PEREIRA, Carlos M. C., A IGREJA MATRIZ DE ALCOBERTAS, Semanário “O Riomaiorense”, Rio Maior, 13 de Janeiro de 1994

PEREIRA, Carlos M. C., A IGREJA MATRIZ DE ALCOBERTAS, Semanário “O Riomaiorense”, Rio Maior, 20 de Janeiro de 1994

PEREIRA, Carlos M. C., A IGREJA MATRIZ DE ALCOBERTAS, Semanário “O Riomaiorense”, Rio Maior, 27 de Janeiro de 1994

SOUSA, F. Pereira; RIO MAIOR – A vila, seu Concelho e Comarca – Apontamentos e Excertos, Rio Maior, Tipografia Dias Ferreira, 1936

TORO, Bandeira de (dir.), O DISTRITO DE SANTAREM, Lisboa, edição do Jornal " A HORA ", tomo VII, Novembro 1939

ZBYSZEWSKI, G.; Almeida, F. Moitinho de, CARTA GEOLÓGICA DE PORTUGAL, na Escala de 1/5000, Notícia Explicativa da Folha 26-D, Caldas da Rainha, Lisboa, Serviços Geológicos de Portugal, 1960

Este texto foi gentilmente enviado pelo Sr. Carlos Pereira para o nosso mail, tal como o do Forno Medieval entre outros. Esta informação é fruto de um levantamento que o Sr Carlos está a efectuar acerca do Património Edificado do Nosso Concelho, que irá mais tarde ser publicado.

De novo os nossos agradecimentos pela partilha desta informação, estou certo que muitas pessoas (incluindo eu) que vivem nas Alcobertas não tinham tanto conhecimento acerca deste Imóvel que acolhe a missa dominical todas as semanas!






Aspecto exterior anteriormente às obras de retirada do traço barroco

Esboço da "planta" da Anta/Dolmen

Acrescento para a frente da Anta no séc. XV e XVI

Igreja do séc. XVII até ao sec. XX (Antes das últimas obras)

AFC x Mendiga

Olá de novo.

Vamos apoiar a equipa da nossa terra no próximo sábado dia 22 de Novembro à Mendiga ás 10:00 horas, onde os jovens vão jogar para o campeonato!
Desta vez não há desculpa para não comparecer, visto ser já aqui ao lado e não ser muito cedo.

Boa noite e boa sorte

Recado

Boa Noite

Há uma célebre frase que foi proferida por José Ingenieros, um Senhor Argentino que não era nada parvo, e que se aplica a algumas pessoas da nossa terra!

"Viver a reboque das ideias alheias é o mesmo que não viver."

Mas essa mesma pessoa proferiu também uma frase que é um hino ao que deveria ser mudado por estas bandas

"Uma humanidade que evolui não pode ter ideais imutáveis."


Valia a pena pensar nisto!!!!!!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Forno Medieval

Bom dia

Como o nosso amigo Carlos Pereira tinha "prometido", enviou-nos um texto com a história do Forno Medieval, não só da sua construção, mas também das intervenções nele efectuadas após a sua descoberta, por volta dos anos cinquenta.

“FORNO MEDIEVAL DE ALCOBERTAS

O forno de Alcobertas foi descoberto nos anos cinquenta do passado século e as primeiras referências a este, de que temos registo, são-nos dadas pelo arqueólogo Afonso do Paço1:

A cerca de 200 metros a E. da povoação (...) encontrou-se quando se procedia à limpeza de terrenos para a instalação de uma fábrica de cerâmica, a fornalha e lar de um velho forno da mesma especialidade

(...), muito antigo porque a aluvião de barros que sobre ele estava depositada atingia mais de metro e meio de altura, e neles vicejava uma velha oliveira multi-centenária. Será necessário proceder a escavações à sua volta a fim de procurar qualquer elemento que nos permita atribuir-lhe uma data aproximada. (Paço 1959, pág. 291)

Em época que não conseguimos precisar foi construída uma protecção em tijolo, com uma cobertura de telha tipo marselha.

Durante algum tempo o local ficou votado ao abandono e começou a ser usada para os mais diversos fins (guardar gado caprino, palheiro, etc.), até que, nos anos oitenta, o telhado e grande parte das paredes ruíram.

No início dos anos oitenta do séc. XX, o rancho folclórico dos Chãos, retirou todo o entulho da derrocada da construção e fez a limpeza do forno.

Em 1987 a equipa da Carta Arqueológica de Rio Maior, liderada pelo Dr. Humberto Nuno de Oliveira, procedeu à limpeza do forno, de lixos e entulho, que entretanto aí se foram acumulando e informou-se a Câmara Municipal de Rio Maior, sobre as condições em que se encontrava o forno e sobre a urgência de o mesmo ser preservado.

No ano de 1998 a Associação Cultura Jovem em parceria com os Serviços de Arqueologia da CMRM, realizaram um campo de trabalho internacional com o objectivo de limpar, e fazer o levantamento exaustivo deste Forno e dos Silos, entre os vários participantes encontravam-se duas arquitectas Wendy Diamond (Austrália) e Karin Fehr (Suiça) que fizeram um estudo que serviria de base à actual cobertura.

A Junta de Freguesia empenhada em reanimar esta zona lançou mãos à obra e construiu o presente núcleo interpretativo deste sítio.


IMPLATAÇÃO / CONSTRUÇÃO DO FORNO

O Forno foi construído num maciço de grés do Jurássico superior denominado como "Grés superiores com vegetais e dinossáurios"2:

O desnível que aqui encontramos, foi criado, para a instalação do forno e de possíveis áreas de serviço e de apoio (depuração de barro, secagem de peças, etc.).

Para tal, procederam á escavação desta parte da encosta, criando-se uma plataforma e originando o talude hoje existente.

Depois foi escavado o espaço necessário para a implantação da estrutura do forno (fossa de alimentação, conduta, fornalha, câmara de cozedura).

A grelha apresenta diversas camadas de barro cozido que se destacam facilmente umas das outras e que serão resultantes do renivelamento da mesma. Trabalho efectuado sempre que a estrutura necessitasse.

Os buracos de saída de calor para a câmara de cozedura, são criados com a colocação de fragmentos ou de tijolos postos verticalmente, entre os arcos, e entre estes e as paredes, a tardoz e da frente do forno.

Sobre eles era colocado um fragmento de telha a todo o comprimento, ligando os dois pontos de encosto do tijolo ou fragmento, usando-se ainda o barro como “cimento”, reforçando-se, assim, toda a estrutura, conferindo-lhe grande robustez e estabilidade, permitindo ainda, um bom nivelamento.

Do que nos foi possível observar trata-se de uma prática comum, mas existem casos onde não foi colocado o fragmento de telha sobre o tijolo.

Os buracos de saída de calor são muito irregulares, não correspondendo a um único padrão, variando quer na forma como nas dimensões dos mesmos.
Os buracos duplos correspondem á divisão de um único com a utilização de um pequeno fragmento de telha, que nalguns casos, foi coberta de barro formando buracos de forma semicircular.

As paredes da câmara foram feitas de barro cru, encostado contra as faces do buraco escavado para a instalação do forno, sendo visível na face externa das mesmas, as impressões deixadas pela areia no barro, tendo sido posteriormente cozidas (não fazemos ideia se terá ou não sido na primeira fornada). Possuem uma espessura média de 10 cm. Formam um espaço subquadrangular com paredes ligeiramente côncavas e de cantos pouco espessos e arredondados.

A conduta foi construída depois da estrutura do forno, encontrando-se encostada a esta, sem se observar uma ligação entre ambas. Apresenta-se descentrada em relação ao eixo do mesmo.

A constante submersão do forno ao longo de vários invernos, levou a que parte da parede fronteira da câmara/fornalha, ainda existente em 1987, abatesse.

Esta situação permitiu a observação parcial, do aparelho construtivo, do primeiro arco que forma a câmara/fornalha. Este é composto por tijolos ou tijoleiras, colocadas em cunha.

Na construção deste forno foram usadas quer na estrutura como a dividir as saídas de calor, fragmentos de telha de canudo, que de forma alguma podemos considerar como pedaços de Imbrex romana, afastando-se assim qualquer hipótese de se tratar de um exemplar deste período.

A própria câmara de cozedura é divergente das dos fornos romanos, em regra circulares, enquanto que, no nosso caso, temos um espaço subquadrangular com paredes ligeiramente côncavas.

Pensamos que este poderá ter fortes probabilidades de ser medieval e eventualmente estar ligado ou relacionado com um espaço de cariz comunitário conjugado com os próprios silos, em virtude da proximidade dos dois sítios.”



Junto coloco também algumas fotos igualmente enviadas pelo Sr. Carlos que representam alguma história do forno e duas reconstituições do mesmo.


Foto 1: Descoberta do Forno


Foto 2: Após limpeza feita pelos serviços de arqueologia da Câmara


Foto 3: Reconstituição em corte do forno aquando da sua laboração



Foto 4: Reconstituição em 3D do Forno

Passeio Pedestre


Bom dia
Gostaria de publicitar uma actividade que vai decorrer na nossa terra no próximo Domingo dia 23 de Novembro. Será um passeio pedestre que terá a partida nos Chãos e chegada aos Potes Mouros.
É uma actividade organizada pelo Clube do Mato de Rio Maior onde pode desfrutar da fantástica vista que se pode ter da zona da "Costa" até ao "vale de Santarém"
Para mais informações consulte a imagem acima publicada, onde pode encontrar os mails e contactos das pessoas responsáveis por este passeio.


Bons passeios

Claques

Bom Dia
Numa altura em que a claque do Benfica NN Boys sofreu uma rusga das autoridades policiais, em que foram apreendidos vários materiais, desde droga até armamento fica no ar se estes grupos (gangs) de pessoas que usam os clubes como meio de espalhar a violência pelas ruas a quando dos jogos de futebol (e não só).
Estas pessoas usam os estádios com o conivência dos dirigentes do nosso futebolzinho, quem não se lembra da barraca que os Super Dragões do Porto costumam dar a quando das suas famosas passagens pelas estações de serviço da A1 quando vem perder algum jogo a Lisboa. Há imagens de actos de puro vandalismo nesses locais, e quantas dessas pessoas foram presas ou até simplesmente interrogadas?
Estas pessoas (sejam elas NN ou Super Dragões) deveriam ser banidas do futebol, é por causa deles que os nossos estádios estão ás "moscas". Se uma família quer ir ver um jogo, certamente que ao ver a violência e tráfico que se passa nos estádios, não vai para esse local, fica em casa a ver pela televisão ou então a ver a telenovela e a contribuir para a percentagem de televisodependentes.
Ficamos à espera de penas bem pesadas para estes que agora foram detidos e de mais intervenções idênticas a esta.

Fiquem bem

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Televisão

Bom Dia
Estão abertas as inscrições para a apresentação de propostas para a criação de um novo canal de televisão terrestre livre, um 5º canal!
A abertura deste concurso leva a uma discussão pertinente. Será que será benéfico a existência de um outro canal?
Da televisão em Portugal, só se aproveita a RTP2, nos outros canais só se vê telenovelas e futebol, isto falando no horário nobre, se formos para a tarde temos uns programas tão enfadonhos que levam a que as pessoas entrem facilmente em paranóia só de os verem.
Cabe na cabeça de alguém que possam dar 3 telenovelas seguídas no mesmo canal? Claro que para fundamentar este abuso se venha a falar da aposta em produções Portuguesas com actores Portugueses, mas isso não quer dizer que se faça uma grelha só de telenovelas. Se a lógica for essa fazem-se 20 ou 30 casas de prostitutas e desde que sejam Portuguesas já não há problema.
Outra coisa que me chateia é estarmos a ver um filme ou outra coisa qualquer e entretanto chega um intervalo, um dos pequeninos, de 20 ou 30 minutos. Como toda a gente sabe o tempo que eles demoram pensa-se em mudar de canal, e, para espanto de todos, nos outros canais é a mesma coisa, intervalos todos ao mesmo tempo, por isso temos que levar com 20 minutos de publicidade. É nesta altura que 90% dos Portugueses estão a ver um documentário ou uma série na RTP2.
Até na televisão paga (por satélite) temos publicidade, será que isto é legal? Estarmos a pagar para ver publicidade? Não deveria ser ao contrário?
Voltando ao tema do 5º canal, eu até acho bem, se for um canal que aposte em séries, documentários e informação. So for para colocar mais 10 telenovelas e 5 reality shows no ar mais vale estarem quietos.

Obrigado pelo tempo dispensado!
Bom dia

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A Bolha

Bom dia
Ultimamente tem-se falado muito de bolhas, não são bolhas nos pés nem nos dedos, as bolhas que se falam são as bolhas do badalado jogo da "bolha".
Entretanto tem ficado no ar se este jogo (que é ilegal) é burla ou não.
Burla não é, porque quem entra sabe perfeitamente para o que vai e o que pode perder. O problema deste jogo é que pode tornar-se um vicio que leva à loucura de participar em várias "bolhas" com a ganância de ganhar mais e depois ficar pendurado sem esse dinheiro que nesta altura de crise tanta falta faz.
Não pertenço a bolha nenhuma, nem tenho intenção de participar, porque dinheiro fácil não leva a lado nenhum. Sei como funciona e as regras, mas também não vou colocar aqui, para que não haja a tentação de entrar ou mesmo criar um desses jogos por parte dos nossos leitores.

Boa tarde

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Alcobertas

Bons Dias
Gostaria de dar os parabéns à equipa de Futsal do Alcobertas Futebol Clube, pela vitória que conseguiu este fim de semana contra o G.D. Concha Azul por 5-2.
Agora, uma coisa que eu não entendi bem, foi no site estar uma foto dos jovens das Alcobertas e só conhecer três ou quatro deles. É verdade que a minha idade já não me permite conhecer alguns jovens da nossa terra, mas daí até não conhecer mais de metade deles é obra. Pode ser por eu passar muito tempo fora das Alcobertas, mas deve ser por eles não serem das Alcobertas.
Fica a pergunta. Não há jovens suficientes para formar uma equipa de futsal das Alcobertas, ou é como à uns tempos que havia uma equipa das Alcobertas em que só quatro ou cinco eram da nossa terra, não por não haver jovens, mas pelo desinteresse dos pais e das entidades em fomentar estas equipas.
E na altura dessa equipa nem se pagava!!

Boa semana

Votação Chip

Bom dia
Depois de terminada a votação a cerca do futuros Chips das viaturas que circulam nas nossas vias rodoviárias, chega-se à conclusão que, como maior parte do país, há uma grande falta de informação acerca deste assunto, talvez por ainda não haver uma lei que legisle esta matéria.
Também tenho algumas dúvidas acerca desta implementação nos carros, dado que, o acesso a este "serviço" em mãos erradas poderá trazer muitos incómodos aos cidadãos.
Uma utilidade deste serviço é para as autoridades que podem identificar e localizar as viaturas de criminosos e delinquentes!

Boa semana

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Jogo AFC 02

Bom Dia

Fica aqui o cartaz do jogo que se vai realizar no dia 15 entre o Alcobertas e o Concha Azul, compareçam que os nossos jovens precisam do vosso apoio.


Vamos apoiar a equipa da nossa terra

Bom dia

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

São Martinho

Bom dia
Chegou mais um dia tradicional Português, o Dia de São Martinho. Neste dia é tradição comerem-se as castanhas assadas, regadas com um bom vinho. Mas de onde vem esta tradição do magusto?
Aqui fica a lenda de São Martinho

Diz a lenda que Martinho, nascido na Hungria no ano
316, era um soldado cujo nome foi escolhido pelo seu
Pai, um general romano, em homenagem a Marte o
Deus da Guerra e protector dos soldados.
Certo dia de Novembro, muito frio, estando em França
ao serviço do Imperador, ia Martinho no seu cavalo a
caminho da cidade de Amiens quando de repente
começou uma terrível tempestade. A certa altura surgiu
à beira da estrada um pobre homem a pedir esmola.
Como nada tivesse, Martinho, lembrou-se da sua capa
de soldado e, sem hesitar pegou na sua espada, cortou
a capa ao meio e deu uma das metades ao pobre para
que este se protegesse do frio. Nessa altura a chuva
parou e o Sol começou a brilhar ficando, inexplicavelmente,
um tempo quase de Verão. Daí que
esperemos, todos os anos, o Verão de S. Martinho,
concretamente no dia 11, a data da morte do Santo. E
a verdade é que S. Martinho raramente nos
decepciona. Em sua homenagem, comemoramos o dia
11 com as primeiras castanhas do ano, acompanhadas
de vinho novo. É o Magusto que faz parte das tradições
do nosso País.

In "Ciência Viva Novembro de 2003"

O verão de São Martinho, não é lenda, de facto há factores atmosféricos que influenciam este estado meteorológico, que também é chamado de veranico ou veranito em alguns locais de Portugal, levando a que nos últimos anos esta "regra" se tenha confirmado.

Se não tiver tempo para grandes assadas também pode fazer as suas castanhas no microondas, em vez de as assar no lume ou na caruma como é tradição. Não se esqueça de fazer um golpe na castanha, se estiver a assa-las no lume para não haver muitas brasas a voar, o que pode ser um pouco perigoso!

Fica aqui a composição da castanha em relação a outros alimentos mais comuns na nossa alimentação




In "Ciência Viva Novembro de 2003"

Bom dia de São Martinho e comam muitas castanhas



Sapataria

Boa tarde
Abaixo coloco um mail do nosso colega Alcobertense Ricardo Martins acerca da sapataria que se encontra mesmo ao lado do Centro de Saude e da Farmácia de Alcobertas.

Caro Anta, na passada 2ª Feira desloquei-me à nova Sapataria ao pé da Junta de Freguesia.

Fiquei surpreso com excelente relação preço/qualidade do calçado apresentado. Tratam-se de sapatos que vejo à venda em lojas do Colombo ou da Guerra Junqueiro em Lisboa 200% ou 300% mais caros.

Modelos tipo mocassin, vela de diversas cores, tipo Yuca etc etc.

Gostava que publicasses um artigo sobre este novo estabelecimento comercial, que pode até ajudar ao aumento das vendas e consequentemente à sua manutenção na nossa Vila que bem precisa de auto-sustento.

Votos de contínuo sucesso no Blog.



Não é só este estabelecimento que faz falta às Alcobertas, todos eles são parte integrante do nosso sistema social, contribuindo cada um deles com a sua parte na comunidade. Sendo que todos formam um conjunto de infraestruturas que permitem às Alcobertas serem Vila.

Boa tarde

domingo, 9 de novembro de 2008

Chips

Segurança:
Chip das matrículas potencia novos seguros automóveis.
Seguros automóveis accionados apenas quando o veículo circula e parquímetros sem necessidade de ticket são potencialidades dos chips das matrículas, uma nova identificação automóvel que o secretário de Estado das Obras Públicas admite arrancar já no próximo ano.


O Governo enviou, na semana passada, para parecer da Comissão de Protecção de Dados a nova legislação que vai obrigar à colocação de um chip em todos os veículos para cobrança de portagens virtuais, controlo e gestão de tráfego e fiscalização de infracções rodoviárias.

"Haverá um conjunto de outras aplicações privadas que podem ser feitas com este dispositivo. Pessoas com uma segunda viatura, geralmente parqueada, podem ter um seguro que só é accionado quando é detectado o funcionamento do veículo. Todos poderemos poupar no custo do seguro", exemplifica o secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos, em declarações à Lusa.

Outra das possibilidades, para desenvolver por privados e de adesão voluntária, é a cobrança automática do abastecimento numa estação de serviço ou o controlo de acesso a zonas históricas das cidades e a terminais rodoviários.

O dispositivo electrónico pode servir ainda para abrir automaticamente o portão de uma garagem ou a entrada de um condomínio privado, sem recurso a chave, a comando ou a vigilante.

Menos pacífica é a cobrança virtual de portagens, um dos três objectivos invocados pelo Governo para criar este sistema, que será usado no pagamento em novas concessões rodoviárias e nalgumas SCUT - vias sem custo para o utilizador.

"Este sistema não foi concebido por causa das auto-estradas ou da introdução de portagens nas auto-estradas vulgarmente chamadas SCUT. Foi pensado por um conjunto de outras utilizações. No entanto, também vai ser utilizado nessas auto-estradas e nas que estamos neste momento a concessionar", ressalva Paulo Campos.

Assim, as futuras auto-estradas do país vão deixar de ter portageiros, uma vez que o chip obrigatório faz uma identificação automática, à semelhança da via verde. Nas vias já existentes, fica a cargo dos concessionários manter ou não os portageiros.

Para o Governo, as portagens virtuais reduzem os custos de construção das estradas e permitem criar mais nós de acesso, aumentando as acessibilidades.

O novo sistema vai ainda diminuir os veículos a circular sem seguro ou inspecção obrigatórios: "Podem fiscalizar-se mais carros em menos tempo e, portanto, aumenta-se a probabilidade de descobrir aqueles que estão a infringir. A fiscalização vai ter melhores condições para ser executada, porque não é necessário mandar parar todos os carros", avisa.

O chip é identificado através de um número de série, restringindo o acesso da matrícula e dos dados do condutor aos agentes de autoridade, concessionários ou institutos públicos ligados à gestão do tráfego.

"Hoje, um agente de autoridade ao inspeccionar um veículo tem de o mandar parar e introduzir a matrícula num sistema, que interage com outro sistema. Agora, haverá a possibilidade de automatismos", explica Paulo Campos, sublinhando que as forças de segurança vão ter acesso aos mesmos dados que actualmente.

O novo dispositivo vai ter um alcance meramente local, segundo o governante, não permitindo a cobertura integral dos itinerários dos automobilistas, uma das questões que preocupava deputados, especialistas e também os cidadãos que subscreveram uma petição contra a invasão da privacidade.

Para o secretário de Estado, este é um assunto já acautelado: "A privacidade das pessoas e dos direitos e liberdades e garantias é uma questão que preocupa o Governo. Como tal, obviamente esta legislação teve sempre em atenção essas componentes".

Por definir está ainda o custo do chip, que apesar de obrigatório vai ser suportado pelos automobilistas, bem como a forma de colocação no mercado.

Fonte: A. Lusa

Bom Domingo

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Anedota

Boa tarde
Para destressar dos estudos aqui fica uma anedota para dar umas gargalhadas.
Para quem não gostar que mande alguma que se mais do seu agrado.



Um grupo de anões resolve jogar futebol no domingo e alugam um campo. Formadas as equipas, cada um pega no seu equipamento, quando reparam que o campo de futebol não tem balneário. Resolvem então perguntar ao dono de uma tasca ao lado se podem utilizar a casa de banho para trocar de roupa. O dono diz que não há problema nenhum, e lá vão eles. Entram todos na tasca, vão até à casa de banho, vestem-se e começam a sair da casa de banho. Um bêbedo, que estava sentado ao balcão, vê passar por ele a equipa de azul. Estranha, mas continua a beber. Quando, ao fim de pouco tempo, vê passar a equipa de vermelho, vira-se para o dono do bar e diz: - Eu não me quero meter... mas os teus matraquilhos estão a dar à sola...


Votação 3

Bom Dia
Depois de terminada a votação acerca da sensação de segurança que nós temos na nossa terra, verificamos que ninguém se encontra totalmente seguro, sensação que obviamente não se pode ter em local algum. Até o local mais seguro pode ser "inseguro", já que se é o local mais seguro é por alguma razão, algum temor.
Grande parte dos votantes acha que a nossa terra é segura, uma sensação partilhada por todos os Portugueses, não é por acaso que se diz que estamos num jardim à beira mar plantado, é porque quase tudo cá chega mais tarde, a insegurança parece ser uma dessas coisas. Embora a televisão sensacionalista esteja todos os dias a bombardear as pessoas com criminalidade e mais criminalidade (é o que as pessoas querem ver), essa criminalidade é praticamente a mesma que havia à uns anos, só que agora é muito mais mediática.
Há também pessoas que acham que estamos num local inseguro, o que discordo, porque podemos ter problemas comportamentais na nossa comunidade, mas esses comportamentos não se desviam para a violência, é algo sazonal, é fruto do tempo e da educação.
Resumindo, enquanto estiver assim, não está pior! Eu sou assim, optimista, antes quero ver o copo meio cheio do que meio vazio!
Boa sexta

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Feriado

Bom dia
Hoje é dia de descanso para todos os Riomaiorenses, principalmente os que trabalham no nosso concelho. Quem trabalha fora dele pode ficar roído de inveja e esperar pela sua vez, mas agora é a nossa vez!
Feriado municipal, este ano que trás consigo uma agenda Municipal que pode ver aqui, para que fique a par das actividades que se irão desenvolver, não só no feriado, mas também durante os meses de Novembro e Dezembro, em várias vertentes.

Bom feriado, aproveitem para descansar e disfrutar este dia!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

"Windows 7"

"A versão pré-beta do Windows 7, que a Microsoft distribuiu na Professional Developers Conference na semana passada, já está a circular na Internet em redes e fóruns de partilha de ficheiros.

Diversos sites de torrents, entre os quais o The Pirate Bay e o Mininova já incluem na listagem de ficheiros o sistema operativo, tanto em versões de 32-bit como de 64-bit, avança a imprensa internacional.

Só no inicio deste fim-de-semana, o ficheiro de 32-bit já tinha sido descarregado mais de mil vezes e cerca de 7 mil pessoas aguardavam a sua vez para o download do sistema no Pirate Bay. No final do dia de ontem, o número de downloads já ia nos 5400. á a versão de 64-bit foi menos procurada, com as primeiras cópias disponíveis a serem descarregadas apenas cerca de uma centena de vezes.

Se a notícia é proveitosa para os utilizadores, para a empresa nem tanto. Contudo, a verdade é que com esta versão disponibilizada nas redes de partilha, os interessados no Windows 7 podem desde já ir testando o software, experimentando as suas capacidades e ir reportando falhas - normais numa versão ainda de testes - detectadas à Microsoft."


In "Tek Sapo"



Podendo ser uma infracção grave, nesta fase de pesquisa do software também pode ser muito benéfico para a Microsoft, pelo facto de haver mais programas "beta" a rodar, o que possibilita um maior volume de informação acerca de bugs e erros do novo sistema, o que seria mais difícil se fossem só os "IT users" a utilizar o mesmo.

Depois de sair a versão final do novo Windows certamente que irá ter uma protecção contra este tipo de pirataria muito mais eficaz que a que tem sido utilizada até aqui nas versões anteriores.

Bom Dia

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Pão por Deus

Boa tarde

No Dia de Todos os Santos há a tradição de ir ao "Pão por Deus", tradição esta que começou à muito tempo atrás, quando os pedintes que não tinham meios de subsistência iam visitar as casas cujas famílias colocavam comer e beber nas mesas para que esses pedintes pudessem comer e beber nesse dia!
Actualmente este dia é um sinónimo de Gula, em que muita gente invade as casas alheias para comer e principalmente beber até não puder mais, muitas vezes exagerando nos actos e atitudes para com as pessoas que os acompanham. Um dia que deveria ser de festa e convívio, passou a ser uma festa de tonteira só superada pelo Carnaval.
Há também as crianças que andam pelas ruas com os seus sacos a pedir, este sim, o "Pão Por Deus" na suas brincadeiras, durante todo o dia, sendo felizes em cada casa que recebem o seu "prémio". Broas, rebuçados, nozes, chocolates, biscoitos entre outros fazem as delicias de todos os que, saco a tiracolo andam de casa em casa ao "Pão Por Deus"
Acho bem que se continue a tradição, porque as tradições são para preservar e continuar, para que os nossos descendentes tenham raízes da sua terra e não a deixem ao primeiro contratempo.

Boa Tarde

Dia de Todos os Santos

Bom dia
Fica aqui uma breve história deste dia que acabou de passar.

Nos primeiros séculos da era cristã, o culto de louvor aos santos resumia-se unicamente aos mártires, que
usufruíam da veneração dos fiéis, com as celebrações em sua intenção a terem lugar nos subterrâneos das
catacumbas e no interior das primeiras basílicas. Em Antioquia, o primeiro domingo de Pentecostes ou o
domingo imediato era reservado à consagração de todos os mártires em comum, culto que se estendeu ao
Ocidente, dedicado depois a todos os mártires e também aos Apóstolos e aos anjos. No início do século
VII (609), quando o papa Bonifácio IV recebe e santifica a propriedade do Panteão do Campo de Júpiter
ou de Marte (templo mandado construir por Vipsânio Agripa, general romano, ministro e genro do
imperador Augusto, encerrado ao culto desde o século v), toma a iniciativa de que o famoso panteão seja
dedicado à Virgem Maria e a todos os cristãos já canonizados. Enquanto não se procedeu à sua
beatificação, eram adorados no panteão romano o Sol e os cinco planetas até aí conhecidos, símbolos dos
deuses pagãos. Um ano depois, a 13 de Maio, para assinalar essa dedicação, realiza-se a primeira festa
litúrgica em comemoração de todos os santos em geral.
De acordo com a tradição, os primórdios da festa (Idade Média) prendem-se também com o facto da
Igreja poder ter esquecido durante o ano, nas suas celebrações, o nome de algum santo e de omitir aqueles
que não figuravam no calendário litúrgico, aos quais correspondiam algumas festividades de cariz
particular a eles consagradas, corrigindo desta maneira essa falta - além de se admitir que a celebração
traria benefícios graças à intercessão de todos os santos junto de Deus, devido às orações que lhes eram
dedicadas neste dia pêlos fiéis.
Designado primitivamente dia de Nossa Senhora dos Mártires, a data foi celebrada durante mais de dois
séculos no dia 13 de Maio com um ofício próprio, enquanto por volta de 737 passa a ser incluída no
cânone da missa uma alocução dedicada a todos os santos. Ainda no século VIII (741), Gregório III
manda erigir na Basílica de São Pedro, em Roma, uma capela dedicada ao Divino Salvador, a sua
Santíssima Mãe, aos Apóstolos e a todos os mártires e confessores, dando-se assim um maior impulso à
Festa de Todos os Santos. No século IX (835), a data desta festa religiosa é então fixada no dia l de
Novembro pelo papa Gregório IV, que de há muito vinha pressionando Luís I, o Piedoso, rei de França,
de modo a emitir um decreto que oficializasse a celebração. Com efeito, a partir de 837, por decreto real,
a data da festividade no dia l de Novembro torna-se universal, constituindo uma das maiores solenidades
para toda a Igreja Cristã.
No final do século X, Santo Odilão ou Odilon, quarto abade de Cluny (994-1048), junta às celebrações
em louvor dos santos algumas orações em favor do descanso eterno dos defuntos. Esta introdução levou
mais tarde a que se procedesse à separação das duas datas, vindo o dia l de Novembro a ser consagrado a
todos os santos da Igreja Católica, enquanto o dia 2 passou a ser dedicado exclusivamente aos fiéis
defuntos.


Boa Semana