segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Património

Bom dia
Depois de terminada a votação acerca dos Potes Mouros constata-se que muitas das pessoas que votaram já lá foram.
Então deixo uma pergunta, será que todas estas pessoas já foram, ou até inclusivamente sabem onde é o Cruzeiro ou o Castro de São Martinho?
Eu próprio já pensei ir ao Castro, sem sucesso pelas seguintes razões. Não sei onde é. Não tem placas de informação. Pelo que ouvi dizer a estrada está péssima.
Pelo que se passou neste verão este deve ser um local de grande importância, visto que durante grande parte dele, um grupo de arqueólogos andaram lá a fazer pesquisa.
Em relação ao Cruzeiro, poderia ser feita uma parceria com as outras freguesias que ele delimita para o embelezamento do mesmo, visto não ser competência exclusiva da junta das Alcobertas, mas também das outras três freguesias, embora o acesso seja através da nossa freguesia.

Boa semana

22 comentários:

Anónimo disse...

olha não sei se ja sabem mas existe uma equipa de futsal em Alcobertas! alias existem 4 escalões de formação.

Adiciona este site:

www.alcobertasfc-futsal.pt.vu

brigado!

Anónimo disse...

até talvez seja bom não saberes o caminho.nem tu nem ninguém pa deixarem os arqueólogos trabalhar em paz e pa não destruir aquilo.
o problema pa ir para lá é a pedreira do lado de teira. pela fonte longa há um caminho mais acessível. pelo menos havia no meu tempo. e se falarmos em património nunca mais saímos daqui.
para já aquilo q fazem com a anta durante a festa de sta maria madalena é proíbido. prendem paus à anta pa segurar a barraca dos cachorros e cerveja. bastava lá passar o IGESPAR pa apanharem uma multa valente. mas isso é q é cuidar do património. isso e andar a mijar atrás da anta.
e sabem onde é a pena da leixe? a pena da andorinha? o buraco da moura? a fonte de nossa senhora? alguma vez visitaram os algares?
sabem q na fonte da estrada do olho de água para os chãos existem uns anfíbios q são raros: os tritões de ventre laranja.
e o q fazer com as pedreiras abandonadas da freguesia? não há volta a dar? umas paredes pa rappel e escalada? e pq não fazer um observatório de aves junto ao cruzeiro? mas esse pessoal do parque só tem é merda na cabeça.ver as cotovias, as gralhas de bico vermelho. não sabem o q é? olhem pa bandeira da freguesia.
e já agora, sabem o significado da bandeira da freguesia seus energúmenos?
e da de portugal? talvez saibam apenas a versão filipe scolari. ornitorrincos!!!
e património mal gerido e (quase) abandonado? as casas das associações dos lugares. ainda lá se fazem festas? e servem só para isso? onde está a parte cultural q têm no nome? camafeus...
e a fonte longa, já terminou uma capela q começou a fazer no tempo do outro padre? era uma coisa moderna e tal... ah! misógenos duma figa! e já se falou por aqui nas grutas, pois... as maiores da peninsula íberica qdo foram descobertas. e ficaram com esse título até ao estado novo. ah, pois vocês não sabem o q é o estado novo. vão à escola só pa gastar o dinheiro aos pais e passear os livros. é útil à vossa vida ficar no vítor a beber cervejas e dizer caralhadas.gandins de merda.
onde estão as parcerias da junta com as escolas pa educarem as crianças a cuidarem do ambiente e do património da terra???? tem de começar logo cedo pq se chegam a gandins só não arrancam as pedras da anta pq nunca se lembraram disso.
onde está o aproveitamento da ribeira de alcobertas? o cuidado pelos moinhos de água q ainda existem? ou já não existem?
no meu tempo ainda existiam alguns.
onde estão iniciativas de verão para as crianças da terra ocuparem o tempo e ganharem um espírito de cidadania? ficam em casa a "emburrecer" diante da televisão. era porem os mais novos a cuidar do ambiente, em ocupações de tempos livres, a visitar oficios da terra q ainda existam enquanto há pessoas q os sabem fazer.
porque não se desenvolve o espírito associativista nos jovens? então formem vocês uma associação. todos vocês q comentam nestes blogs. assim já podiam fazer alguma coisa de jeito pela terra com as vossas vidas insignificantes.
onde está um pavilhão desportivo? um mercado de jeito para os vendedores do fim da missa? e a luz dos candeeiros no adro da igreja? e a merda dos passeios q se esqueceram de fazer qdo alargaram a estrada? otários. alargaram tanto a estrada q se esqueceram q há muita gente q anda a pé.
não há um grupo de jovens, uma banda filarmónica, um jornal da terra, um evento mais cultural, nada...
onde está a recuperação de tradições antigas tanto da terra como da vizinhança? onde estão as parcerias com as freguesias vizinhas? ah pois não há pq as alcobertas não têm nada pa oferecer em troca.
com um grupo de escuteiros aí nem um sitio pa acampar existe. mas eles tb coitadinhos... mais do mesmo.
com a quantidade de escuteiros q existe, com as condições naturais da terra, era só pôr isso a andar. mas não, mais vale acampar na casa do olho ou num sitio qq da serra pa deixar aquilo tudo porco.
enfim. vou mas é dormir q ganho mais co o assunto.

por isso, estar aí na terra mais de 3 dias é sacrifcicio.


com gente assim em alcobertas eu queria ser do xartinho.

pena da andorinha

Anónimo disse...

Pena da Andorinha:
Não foi à festa este ano.
Se tivesse ido tinha reparado que já não há paus nem barracas presos à Anta.
Aliás, este ano até foi colocada uma "cerca" com paus e cordas, à volta do espaço, o que muito dignificou aquele monumento.
O Sr. Prior até fez uma bela homilia, com explicação daquele local, para que todas as pessoas, de novos a velhos, percebessem a sua importância.

Já é sinal de evolução, não acha?

Anónimo disse...

acho sim. e peço desculpa se não estou a par dessas novidades. de facto não pude ir à festa este ano com pena minha. ouvi dizer q nem fez vento e q foi um sucesso. ainda bem. fico contente por saber isso. e as pessoas q estão à frente da festa ainda merecem o nosso reconhecimento por serem teimosos e levarem isso por diante. bem ou mal mas levam. eu posso ser muito crítico e abusar por vezes. mas gosto de saber q estou errado ;) é sinal q a terra tá um pouco melhor. tb é novidade o futsal. boa! valha-nos isso. vejam lá se apoiam a equipa. e se constroem o pavilhão pa não terem de ir pa rio maior. e não façam a triste figura de antigamente q qdo havia jogos de futebol em alcobertas eram mais os adeptos da equipa de fora do q os da casa. apoiem os miúdos nessas iniciativas para eles se sentirem bem nessa terra senão desaparece tudo. e nessas actividades, desportivas ou culturais, vejam se lhes transmitem valores decentes. enquanto andam nisso não metem em asneiras e na má vida.

pena da andorinha

Anónimo disse...

Meu caro "Pena da Andorinha"

Que belo pseudômino o meu "amigo" adoptou, mas, faz-me pena Andorinha.

Com estes teus belos, longos e de certo modo, algo fastidiosos, discursos é muito fácil mandar trabalhar os outros, não é deste tipo de pessoas que as Alcobertas precisam.

A nossa terra precisa é de OBREIROS, pessoas com capacidade de passar do verbo para a acção, porque, em regral geral os que muito falam pouco fazem.

Como assumiste a tua infinita cobardia ao abandonar Alcobertas, agravada pelo simples suspirar pelas vizinhanças, prepetuas esse mesmo sentimento ao esconder-te por detrás do anonimato.

Volta "Pena", ajuda esses jovens neófitos a tornarem-se verdadeiros cidadãos, antes de serem corrompidos pela virose Gandil e se tornam, de forma irreversível, Gandins.

Até sempre

Hilário Sousa

Anónimo disse...

Opah ca equipa de de conas que arranjaram pa escrever isto!

Esta merda nao tem jeito nenhum!

Coitados devem ser frustados de infancia!

E poe.se a dizer mal dos outros..


FMMLB

Anónimo disse...

boa tarde.

já que este blog tem tanta visita na nossa freguesia gostaria que fizessem um post com um apelo para todos irem sabado ao pavilhão gimnodesportivo apoiar a equipa de futsal de alcobertas que irá ter o seu 1º jogo oficial contra a u.d. Leiria as 15h a contar para a taça do distrito de leiria! espero poder contar com a vossa colaboração para prover o apoio as jovens promessas de Alcobertas.

www.alcobertasfc-futsal.pt.vu

Cumprimentos

Joel Costa - Alcobertas Futebol Clube

Anónimo disse...

Sendo um fã de Alcobertas e da Serra dos Candeeiros, com algum trabalho efectuado nessa região, em regra ando atento ao que se passa nessa terra de minha eleição, sem contudo querer imiscuir-me ou opinar nas polémicas caseiras que vão surgindo. Acredito, sinceramente, pelo o que conheço dos Alcobertenses, tem valores que serão capazes de colocar Alcobertas numa posição de destaque, neste Concelho e até fora das suas fronteiras.

A minha intervenção surge apenas no sentido de clarificar e fornecer mais alguma informação sobre o espólio arqueológico descoberto na Gruta de Alcobertas por constatar que no Post sobre este tema existe alguma imprecisão, em especial, por desconhecimento das fontes.

Em 1880 António Mendes, prospector e colector da extinta Comissão Geológica, com supervisão de Carlos Ribeiro e do Major Nery Delgado, realizou uma série de sondagens ao longo do corredor da Gruta de Alcobertas e, na primeira sala, abriu um poço com 3 a 4 metros de profundidade, com o objectivo de avaliar o potencial arqueológico da cavidade.

A Gruta de Alcobertas, como o Dólmen ou Anta foi utilizada como necrópole pelo Homem da Pré-história, no final do Neolítico / início do Calcolítico (cerca de 3000 anos antes de Cristo).

A comunidade ou grupo que usou esta gruta como cemitério viveria no planalto onde hoje se encontra os Chãos e aqui desenvolvia as suas actividades produtivas, essencialmente agro-pecuárias (agricultura, criação e pastoreio de gado), já foram descobertos diversos vestígios que permitem avançar com esta hipótese.



Destes trabalho apenas existem notas manuscritas mas não faz qualquer referência em que condições ou estratos onde foi recolhido o espólio arqueológico.

Fica aqui a relação do material recolhido por António Mendes, actualmente em depósito no Museu do IGM (Instituto Geológico e Mineiro)

Obs.: Relativamente a alguns termos técnicos, quem tiver curiosidade em saber mais pode pesquisar na net

Os restos humanos recolhidos nessa altura que pertenciam a, pelo menos, 8 indivíduos, mas no decursos dos trabalhos de adaptação da Gruta para utilização turística pela TURISMOR foram encontrados mais vestígios humanos, que nunca foram alvo de estudo e cujo paradeiro se desconhece.

O Espólio funerário que acompanhava estes enterramentos, ou não, pois desconhecemos o seu contexto exacto:

DE SÍLEX
30 LÂMINAS
1 TRAPÉZIO (MICRÓLITO)
1 PONTA

DE ANFIBOLITO
2 MACHADOS DE PEDRA POLIDA
5 ENXÓS
1 GOIVA

DE OSSO
2 FURADORES
1 PONTA DE VEADO
2 FRAGMENTOS UTILIZADOS
1 DENTE DE JAVALI TALHADO EM PONTA

CERÂMICA
12 FRAGMENTOS DE TAÇA “TIPO PALMELA”, SEM DECORAÇÂO
1 BORDO DE VASO PEQUENO, SEM DECORAÇÂO
1 FRAGMENTO DE VASO HEMISFÉRICO, SEM DECORAÇÂO
1 BORDO DE VASO BOJUDO, COM INCISÃO PARALELA AO BORDO


Este espólio foi estudado e publicado por:

SANTOS, Maria Cristina; Zbyszeewski, Georges; Ferreira, O. da Veiga. A GRUTA PRÉ-HISTÓRICA DAS ALCOBERTAS, II Congresso Nacional de Arqueologia, Coimbra, 1971.

Carlos Pereira

Coiso disse...

Boa tarde
Muito obrigado Sr Carlos Pereira, pela correcção/actualização das informações acerca da "nossa" gruta.
Estamos sempre a descobrir coisas novas acerca da nossa terra, principalmente da nossa história.

Anónimo disse...

www.alcobertasfc-futsal.pt.vu

"AFC"
- UM BOM EXEMPLO DOS JOVENS, QUERO DAR OS PARABÉNS AO JOEL AO SERGIO E A TODA A EQUIPA DO FUTSAL.

- Agradeço o convite, para estar presente no sábado no pavilhão gimnodesportivo a apoiar a equipa de futsal das Alcobertas, vou ter o prazer de ver o 1º jogo oficial contra a u.d. Leiria às 15h lá estarei.

Estou fora das Alcobertas já alguns anos não sabia que a Vila de Alcobertas já tinha um gimnodesportivo em condições de receber uma equipa para disputar um campeonato Distrital, afinal os autarcas têm feito algumas obras, terei o privilégio de lá ir e conhecer o vosso presidente da Junta e dar-lhe os parabéns.

Força Juventude.

Anónimo disse...

ora muito bem sr carlos. obrigado pelo seu texto. de facto temos uma bela e importante gruta. ainda me lembro dos tempos de miúdo em q nos aventuravamos lá dentro. mas sempre com respeito pelo património.

caríssimo MOCA, a coisa é tão simples como isto. tive de fazer pela vida! não é nessa terra q isso se consegue. pelo menos naquilo q quero para a minha vida. e também não pode acusar sem mais de não fazer nada. foram alguns projectos q fiz e outros q apoiei. mas não quero falar disso pq o q fiz fi-lo com prazer. quer q eu volte pa essa terra para quÊ? morrer de tédio e emburrecer com as edificantes q têm nos cafés? meu amigo, se hoje tenho o sucesso q tenho na minha área não foi por acaso. muito esforço e trabalho. em áreas q não se oferecem aí nas redondezas. sim, posso falar à distância e anonimamente. mas pior ainda são esses "politicos de café" q abundam na terra. comecem esses a fazer alguma coisa. eu já dei um contributo. e se quer q diga, se há coisa q me irrita e q eu não tolero é a falta de reconhecimento pelo esforço de quem trabalha. e isso é coisa q parece estar entranhado na gente aí da terra. e sim, essa terra precisa de quem mande. sobretudo de quem saiba mandar e distribuir trabalho. pa não andarem a destruir o trabalho dos outros e pa coordenar esforços pa q cada pessoa saiba o q deve fazer.
esse tipo de discurso , e q não só o senhor q tem, só revela falta de horizontes e miupia de pensamento (sem ofensa à sua visão).
não gosta dos discursos? pois, temos pena. é q não posso passar por aqui todos os dias. sabe, é daquelas últimas coisas q se fazem à noite pa ganhar sono...
e o mais engraçado meu amigo (se é q é mesmo o moca) é ser ajudado em lisboa a saber qual é o autocarro q o sr devia apanhar pa rio maior, eu dizer-lhe quem sou e o senhor nem me reconhecer. nem sequer pelo nome dos meus familiares. mas a culpa minha. nunca me perdi muito por cafés aí na terra.
passe bem.

com gente assim em alcobertas eu gostava de ser de mata do rei.

epá, essa é mto má...

antes da benedita. os que vivem atrás da serra ;) (é boa terra sim senhor!)

pena da andorinha

Anónimo disse...

O pesoal sabem que o moka se vai candidatar a j.f.a?
Acho bem, que até é um tipo porreiro, e dis aquilo que tem a diser as pessoas de cara-cara.
cuidado com as pessoas que convidas para a tua lista.
se me deres um tacho bom não me importo de pertençer a tua lista tambem.
Não seijas teimoso como o nosso presidente, e para faseres akilu k ele fas tambem não te ralas muito.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Castro de S. Martinho

O Castro de S. Martinho ocupa a cumeada de uma formação magmática de origem intrusiva, possuindo uma cota máxima de altitude de 300 m, designada por Monte de S. Martinho, devendo a origem deste topónimo a uma ermida da evocação deste Santo, construída no topo deste cabeço, possivelmente nos finais do séc. XV ou princípio do século XVI (usando como baliza cronológica a imagem de pedra policroma do Santo, hoje ao culto na Capela do Espírito Santo em Teira).

De acordo com a tradição oral local este pequeno Templo foi destruído por um raio, tendo os moradores de Teira levado a imagem para a sua capela de evocação ou orago ao Espírito Santo, mas o Santo tinha por hábito, durante a calada da noite, fugir para o topo do monte. A única forma encontrada para o sossegar foi abrindo uma janela pela qual a imagem de S. Martinho podia ver o monte (curiosamente na actualidade não existe qualquer vão aberto para o Castro e a imagem encontra-se de costas para o mesmo). Na primeira metade do séc. XX ainda existiam ruínas visíveis da Capela.

Esta formação situa-se entre o Casal da Velha e Teira, Freguesia de Alcobertas, Concelho de Rio Maior. Possui uma extensa vista panorâmica em todas as direcções, com um raio de alcance visual para Santarém, Serra de Montejunto e Serra de Aire.

A única excepção, no vasto campo visual que deste local se consegue desfrutar, ao encontra-se na vertente W e corresponde ao obstáculo criado pela cumeada da Serra dos Candeeiros, a qual não permite avistar a linha de costa a partir do Cabeço de S. Martinho.

Na base do vale formado pela linha intrusiva basáltica, onde se situa e se destaca o monte de S. Martinho, e a serra dos Candeeiros corre o ribeiro do vale da Laranja (neste vale existia uma nascente de água salgada que secou nos anos trinta do séc. XX). Nas encostas do monte de S. Martinho existiram, até ao momento da plantação intensa de Eucaliptos, diversas nascentes, fontes ou pontos de água.

Este sítio arqueológico conhecido, pelo menos, desde os anos trinta do século XX, nunca mereceu uma atenção prolongada por parte dos diversos investigadores que visitaram ou se propuseram a efectuar o seu estudo sistemático, não passando de recolhas de superfície e alguns trabalhos pontuais.

Saavedra Machado , faz referência a uma visita de Manuel Heleno a este local, desconhecendo-se contudo, se efectuou algum tipo de intervenção ou recolha de espólio.

O Coronel Afonso do Paço com Francisco Barbosa e F. Bergstrom Barbosa (riomaiorenses interessados em arqueologia) formaram uma equipa, que durante algum tempo se interessou por este e outras locais da Freguesia de Alcobertas, resultando desta parceria duas comunicações em encontros científicos.

A primeira destas, corresponde a um apanhado de diversos sítios de interesse arqueológicos na região de Alcobertas e onde apresenta um conjunto de espólio lítico e metálico, no I congresso Nacional de Arqueologia :

“ Porém, o lugar mais curioso que visitamos, foi o Monte de S. Martinho (…) de 302 metros de altitude, situado a SE. de Teira, onde fica um ponto trigonométrico e outrora existiu uma capela de invocação daquele santo, de que hoje não há mais que uns escassos alicerces e fragmentos de telha.
Ligeiramente a SW. desta elevação há uma outra de 265 metros de altitude (…) a que o povo das vizinhanças chama Monte do Castelo. Porém na vila de Rio Maior dá-se este nome ao Monte de S. Martinho.
Percorridas as duas elevações em todos os sentidos, verificou-se que na de S. Martinho, de forma cónica, existem ruínas de um grande castro, com três ordens de muralhas. Na de 265 metros não se encontrou o menor vestígio arqueológico.
No reconhecimento a que se procedeu, ainda recolhemos alguns fragmentos de grandes vasilhas, provavelmente da Idade do Bronze.
Ora, há 25 ou 30 anos, José Tomás, proprietário de terrenos que ficam na vertente S. do «castelo» (…) encontrou ao proceder a surribas, umas manchas rectangulares de «terra podre», onde havia vasilhas de barro muitas vezes partidas e alguns objectos metálicos.
Estas «terras podres», negras e soltas, não eram mais de que restos de sepulturas, de que hoje nada existe. Não podemos obter uma ideia aproximada dos tais recipientes, mas o sr. José Tomás guardou, por curiosidade, um grupo de machados metálicos constituído por:

- Um machado plano de cobre;
- Dois machados de talão providos de um simples anel;
- Um Machado de talão provido de duas pegas horizontais;
- Um machado de cubo.”

“O sr. João Tomás diz-nos ainda que encontrou vários punhalitos de cobre, a que chama «canivetes», em diversos lugares do Monte de S. Martinho. Perderam-se e na presente ocasião, tantos anos volvidos, não pode indicar com segurança o local dos achados.
Da encosta do Monte de S. Martinho e de lugares que não podem ser precisados há também os seguintes objectos:
- Dois machados de pedra polida;
- Um fragmento de placa de arqueiro (…) que o seu achador partiu ao meio com a enxada quando cavava. Guardou metade para si, para assentar a navalha de barba, e deu a outra metade, para igual fim, a um seu vizinho, que a extraviou.
- Uma matriz talvez de cobre (…) constituída por uma pequena superfície horizontal de 42x10x2 mm. Com uma das faces cortada por quatro sulcos horizontais e dezasseis verticais, formando um pequeno reticulado. Sobre a outra face solda uma pega vertical provida de um anel.
Julgou-se a princípio que esta peça rara servisse de matriz para ornamentação de cerâmica, mas verificou-se, que até hoje, nenhuma peça de barro nos apareceu com decorações que pudessem justificar o seu emprego.”

No 26º Congresso Luso-Espanhol para o Progresso das Ciências este mesmo grupo de investigadores apresenta o estudo sobre uma foice de cobre descoberta neste sítio arqueológico.

Nos anos oitenta do século XX o elenco camarário liderado por Manuel Nobre, tendo noção da importância deste sítio para a identidade desta região, encerra uma extracção de inertes, situada a meio da encosta E, estabelece uma cota altimétrica (curva de nível 275) como linha de limite de protecção ao castro e inicia, ainda, o cadastro dos proprietários deste cabeço para levar a efeito um processo de expropriação das parcelas situadas acima desta linha. Em 26 de Junho de 1981 estava concluído o levantamento dos proprietários e das respectivas áreas a serem expropriadas. Este processo não foi continuado pelos executivos seguintes.

Ao longo dos anos, este local tem vindo a ser alvo das mais diversas delapidações, desde da abertura de uma estrada florestal, cortando parte do sítio, cultivo de produtos agrícolas, plantação de eucaliptos e ainda a abertura de uma pedreira, a qual já consumiu uma parte significativa do Castro. Para além dos “ataques” de curiosos e “caçadores de tesouros”.

Sempre que se verificou, e tivemos conhecimento, dessas situações anómalas, procuramos registar, recolher espólio e informar as entidades competentes do que se passava.

Destas visitas, já existe em depósito, algum espólio cerâmico, lítico e metálico recolhido por um dos signatários ao longo dos anos setenta e oitenta do século XX, e parcialmente publicado por António Diegues nas actas do I Colóquio sobre história Regional e Local do Distrito de Santarém (Diegues, 1991).

Este investigador teve o seu primeiro contacto com o Castro de S. Martinho na sequência da sua participação no projecto de prospecção sistemática e investigação do Concelho de Rio Maior, designado por Carta Arqueológica de Rio Maior – CARM.

António Diegues elaborou e apresentou ao IPPC, em parceria com Salete da Ponte, o “Projecto de Arqueologia Espacial para a Serra dos Candeeiros – PAESC” centrado na investigação do Castro de S. Martinho. Em 1989 a Equipa liderada por esse investigador levou a efeito uma única campanha de decapagem superficial, limpeza, registo topográfico e fotográfico de estruturas visíveis. No decurso do ano 1991 deslocou-se ao Castro, a nosso pedido, para avaliação dos estragos provocados por maquinaria pesada.

Com a abertura da pedreira “Teira” na encosta W, inicia-se uma nova fase de perturbação deste sítio. De salientar a boa compreensão do proprietário da pedreira, o Sr. Cerejo dos Santos, o qual, quando alertado para o problema da estabilidade do Castro e da necessidade de se alterar o plano de lavra inicial, sempre se mostrou aberto a minimizar os impactos negativos neste sítio arqueológico.

Em 1998, quando detectamos que os limites de segurança aos trabalhos de extracção de inertes tinham sido largamente ultrapassados e a existência de graves problemas de estabilidade, com a ocorrência de escorregamentos, o proprietário, após avaliação da situação no local, connosco, a Dr.ª Gertrudes Zambujo e Dr.ª Sandra Lourenço, da extensão de Torres Novas do IPA, tomou a iniciativa de terminar o avanço da actividade extractiva nesta frente.

Contudo os trabalhos de lavra já tinham provocado estragos irreversíveis em áreas com espólio arqueológico, situação agravada por diversos escorregamentos do terreno em toda a frente, causados por factores diversos (vibrações, águas pluviais, pendente da encosta, etc.).

O texto acima é o extracto da Introdução do Relatório Técnico Cientifico da primeira campanha realizada em 2005 com o apoio e estudantes da Wake Forest University (EUA) e apresentado ao IPA, actualmente fundido no IGESPAR. Penso que, apesar de longo, dá uma retrospectiva do que se tem passado em torno deste importante local.

Um Castro não é nada mais, nada menos que o antepassado do Castelo, correspondendo a uma comunidade / aldeia rodeada de muralhas defensivas.

No decurso dos trabalhos arqueológicos, até ao momento realizados, foi recolhido uma grande quantidade de espólio, quase exclusivamente cerâmico, integrável em diversos períodos que vão da Idade do Bronze, Idade do Ferro, Romano, Medieval Islâmico e/ou Medieval Cristão e de eras mais recentes.

Em 2008 foram assinaladas as primeiras estruturas castrejas (parte de uma parede e muralha da Idade do Bronze / Idade do Ferro), mas os trabalhos estão apenas no início, para além de toda a importância científica inerente ao estudo deste sítio, este local tem uma enorme potencialidade de vir a tornar-se num importante pólo de atracção associado ao Dólmen, Gruta de Alcobertas, Silos e Forno Medieval, entre outras surpresas que estão para serem divulgadas.

Está em preparação uma exposição para Alcobertas, com alguns dos materiais exumados durante as escavações e de outros locais da Freguesia.

O futuro das peças recolhidas passa pela criação de condições para a criação de um Núcleo Museológico, onde o espólio ficará, uma parte em exposição e o restante em depósito.

Bibliografia sobre o Castro

ALMEIDA, D. Fernando de (1979) — Breves palavras sobre a Arqueologia de Rio Maior. Revista de Guimarães, vol. 88. Barcelos

ARAÚJO, Ana Cristina e ZILHÃO, João (1991) — Arqueologia do Parque Natural das Serras de Aires e Candeeiros. Colecção Estudos n.º 8, Lisboa: Serviço Nacional de Parques, Reservas e Conservação da Natureza.

DIEGUES, António José (1987) — Alguns materiais metálicos recolhidos no Concelho de Rio Maior. campanha de Prospecção do C.A.R.M.— 1986. I Colóquio sobre História Regional e Local. Santarém: Escola Superior de Educação

PAÇO, Afonso do, BARBOSA, Francisco, SOUSA, José do Nascimento e BARBOSA, Francisco Bergstrom (1959) — Notas Arqueológicas da Região de Alcobertas (Rio Maior). I Congresso Nacional de Arqueologia. Lisboa

PAÇO, Afonso do, BARBOSA, Francisco e BARBOSA, Francisco Bergstrom (1962) — Foicinha de Bronze do castelo de S. Martinho (Rio Maior). Associação Portuguesa para o Progresso das Ciências. Porto.

Carlos Pereira

Anónimo disse...

Caro "Anta" acrescentei um pequeno promenor nos posts Submetidos... Referência à Wake Forest University porque eles tem sido quem tornou possível a realização de um velho sonho que era estudar o Castro de S. Martinho.

As minhas desculpas por ser um texo tão longo, espero não estar a abusar da sua boa vontade

Carlos Pereira

Coiso disse...

Mais se informa que o jogo das camadas jovens do AFC não é na Vila das Alcobertas, mas sim em Rio Maior, porque não há pavilhão algum na freguesia que consiga acolher um jogo de Futsal.

Anónimo disse...

Boa tarde.

Pois deve ter havido alguma confusão com o pavilhão, mas sim como o ANTA diz é em Rio Maior. Mais um vez pesso aos gestores deste blog que criei um post ( se possivel ainda hoje) para apelar e cativar o apoio de todos para o jogo de amanha. É muito importante irmos apoiar as nossas camadas jovens! e claro o trabalho de todos nós tambem merece algum reconhecimento.

Cumprimentos,

Joel Costa

www.alcobertasfc-futsal.pt.vu

Anónimo disse...

*peço

Cumprimentos

Anónimo disse...

Joel Costa pediu...
... aos gestores deste blog um post, para apelar e cativar o apoio de todos.... uma vez que este blog tem muitas visitas......

Elaborei o documento que envio em anexo, se entenderem publiquem.

Cumprimentos,

"Força Juventude".
...................................

Alcobertas Futebol Clube – Futsalwww.alcobertasfc-futsal.pt.vu

Página inicial

História e Projecto:
"FUTSAL – JUVENIL"
“ALCOBERTAS FUTEBOL CLUBE” e a “ACADEMIA GONÇALO ALVES & PEDRO COSTA”, têm um protocolo que visa a formação de praticantes de futsal dos 5 aos 10 de idade.
- O AFC tem um grupo de jovens com enormes potencialidades no futsal, pela falta de apoios são os pais que os transportam aos treinos a Rio Maior e aos jogos, contribuindo assim para o desenvolvimento integrado da Vila de Alcobertas.

Jogo de Apresentação:
- Alcobertas F.C. – Nadadouro:

Sábado, dia 25/10/2008, às 14:30h.
- Pavilhão Polidesportivo, jogo de apresentação da equipa infantil de Alcobertas.
Vitória do Alcobertas F.C.
- Jogo muito disputado, uma importante vitória, por grandes penalidades, no fim do tempo regulamentar estavam empatadas a 3-3 através dos golos de João Diniz e do Bis de João Pedro Silva, foi o Diogo que marcou o Penalty da Vitória depois de Francisco ter efectuado uma excelente defesa.
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01/11/2008 Sábado Às 15h

Iª Eliminatória da Taça do Distrito de Leiria

Alcobertas F.C. – U.D. Leiria – Jogo a Contar para a Taça
- No Pavilhão Gimnodesportivo em Rio Maior a equipa de futsal de Alcobertas no seu 1º jogo oficial teve uma Grande Vitória 3 – 2, num jogo cheio de emoções! O AFC chegou mesmo a estar a ganhar por 3 – 0 através dos golos de Miguel Sabino, João Pedro e Leonardo Henriques, mas no último minuto os jovens Alcobertenses sofreram 2 golos!
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- DOMINGO, 09 DE-NOVEMBRO DE 2008 – - PELAS 18 HORAS –
- NO PAVILHÃO DE SANTA CATARINA –

A.R.C. Catarinense – Alcobertas FC

-VEM APOIAR A EQUIPA E OS JOVENS –

-HONRANDO E ENALTECENDO ALCOBERTAS-

"Força Juventude".

Anónimo disse...

Caro Pena

Apraz-me saber que o meu comentário surtiu o efeito desejado.

Não era minha intenção ofende-lo, mas sim espicáça-lo e puxa-lo para a ribalta, ou melhor, para o activo.

Não sou apologista ou tolerante com aqueles que apenas criticam pela negativa, sem nunca apresentarem uma única via alternativa a essas mesmas criticas ou problemas.

Além disso afirma, no seu formoso discursar, que promoveu e apoiou projectos de e para Alcobertas.

Deviam ser muito insignificantes, pois numa terra, segundo as suas palavras, que nada vale, estes deveriam ser ao seu próprio nível.

Quais seriam?... Para nem deixaram marca ou rasto na nossa Sociedade Alcobertense. Ou alguma, qualquer, máfia se encarregou de tapar os traços desses projectos apenas para o denegrir?

Ou estão cobertos de poeira, nalguma catabumba ou gaveta, esperando, paulatinamente, o dia de voltarem a ver a luz soalheira de Alcobertas.

E ainda uma pergunta, em quantas Associações de Desenvolvimento Sócio-cultural da nossa freguesia, pertenceu ou dignificou como membro integrante das mesmas.

Ou será que, como apregoa num dos seu coments, quando fala da necessidade de quem saiba mandar, apenas tem jeito para mandar e ter ideias, é que "mandões" e "idiotas" temos por cá uma farturinha.

Pena, não duvides que sou mesmo o bom e "velho" Moca, do Jogo / Alqueidão e quanto ao saber quem és, é-me indiferente.

Se quiseres aceitar o desafio de me enfrentares, cara na cara, bebericar um copo e discutir Alcobertas, estou á tua disposição, já que tens aversão aos cafés podes sempre ir até á minha adega

Um Abraço, até breve

Hilário Sousa

Anónimo disse...

caro hilário, se é da terra q quer falar veja o meu primeiro comentário acerca deste texto. e o texto é q é o motivo dos comentários. a linguagem é exagerada para criar discussão e chamar a atenção para certos aspectos e problemas da terra. e a frase com q termino os comentários dizendo q gostaria de ser daqui ou dali é uma espécie de assinatura, de marca pessoal q deve ser encarada como é: uma piada. engraçada ou não fica ao gosto de cada um.
quanto aos projectos de q falei, o sr até usa um ou outro. outros tiveram o seu uso na altura devida, outros ficaram dependentes de ajudas q nunca vieram, outros não foram para a frente pq ninguém quis e agora voltou-se a falar nisso. não aproveitaram. temos pena. agora já não. ainda colaborei noutros com patrocinios e logistica. tá confuso? deixe lá. não vou dizer quais foram.
quanto às associações fiz parte de algumas. também pertenci a grupos de jovens aí da igreja q na altura trabalhavam e faziam coisas giras. desculpe manter o anonimato. pode chamar-me cobarde ou o q quiser mas vou continuar assim. peço-le q leia então o meu primeiro comentário q é o segundo a contar de cima. creio q falo de iniciativas q podiam ter vingado e voltar a vingar sobretudo entre os mais novos. e o jornal da terra, por exemplo? a junta voltou com isso nas festas da vila. a junta não, um grupo de miudos com o patrocinio da junta. mas pelo q soube nem sequer esse patrocinio foi bem feito apesar de ter sido a junta a ficar com os louros.
e as actividades de verão para os miudos aí da terra? porque não? etc, etc...
soube agora à uns dias a história do inicio destes blogs. como isso gerou confusão, faltas de educação, calunias e afins...
confesso q fiquei assustado com a facilidade com q se mancha o nome das pessoas. não quero isso.

por isso, até qq dia...

pena da andorinha

Anónimo disse...

"A saga da Casa Mortuária de Alcobertas"

Alcobertas não precisa de construir a dita casa mortuária.

Os nossos antepassados já na pré-história a construíram e sem máquinas.

Vamos utilizar a ANTA, Senhor Presidente assunto encerrado.

Foi para isso que os nossos antepassados a construíram.

Se houver uma necessidade maior temos as GRUTAS.

Ainda ficamos com o CATA, só para as entidades oficiais.

Temos outro local é só acabar a Capela da Fonte Longa.

E Ainda temos dois fornos Romanos para a Cremação.

Mais umas Ideias brilhantes para as próximas....Presidente...

S…Apanágio, Figurino, extemporâneo e obcecado…

“Casa Mortuária"